Objetivo é apoiar pesquisas no pós pandemia e futuras emergências sanitárias 

Na última segunda-feira (18/10), as atividades para construção do Centro de Pesquisa, Inovação e Vigilância em Covid-19 e Emergências Sanitárias foram iniciadas no campus Fiocruz Maré, nova nomenclatura para o Campus Expansão, no Rio de Janeiro, tendo gestão e fiscalização pela equipe da Coordenação de Infraestrutura (Cogic).

Com investimento estimado em 206 milhões de reais e prazo de execução de 12 meses, o Centro de Pesquisa apoiará a superação dos desafios atuais, do pós pandemia e futuras emergências sanitárias para o desenvolvimento de pesquisas científicas da Covid-19, incluindo o comportamento do vírus e resposta a profilaxias e imunizantes, mas também para suportar uma estrutura prospectiva em outras emergências sanitárias. O empreendimento nasce em acordo com o Termo de Doação do imóvel à Fiocruz, que ressalta melhorias no espaço e ampliação das atividades da instituição, além de ser fruto do esforço de investimento da Fundação e do Ministério da Saúde para ampliação da infraestrutura de pesquisa para enfrentamento da Covid-19, incorporado no PPA 2020-2023.

O novo núcleo, com área total de intervenção de 25 mil m² – 13 mil m² de edificações e 12 mil m² de área externa urbanizada – reunirá pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento em 15 laboratórios de pesquisa em área com nível de Biossegurança 2 (NB2), além de 1 laboratório multiusuário com nível de biossegurança 3 (NB3), bem como área de experimentação animal de roedores de pequeno porte, com níveis de biossegurança 2 (NBA2) e 3 (NBA3). O prédio principal terá três andares, sendo um andar exclusivamente técnico, viabilizando manutenções com menos interferências nos ambientes de pesquisa. Alguns pontos de destaque são: 1. Tratamento de efluentes em nível de biossegurança 3 sem utilização de água, o que abrange redução de custos em instalação, operação e manutenção; 2. Construção a seco com pré-moldados de concreto e vedações internas em sistema drywall, agilizando o processo construtivo e reduzindo o volume de resíduos de obra; 3. Elevado grau de automação que permitirá o monitoramento do consumo de energia, água, gases, além de supervisão e controle remoto de diversos sistemas prediais; 4. Cumprimento dos requisitos do selo Procel Edifica.

O estudo de referência para contratação única de projeto e obra foi desenvolvido pela Cogic a partir do programa apresentado por pesquisadores de unidades técnico científicas, tendo gestão técnica da Coordenação da Qualidade da Fiocruz (CQuali) e coordenação geral da Vice-Presidência de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI).

O conceito multiusuário segue uma orientação institucional que permite otimizar o uso de laboratórios, equipamentos, plataformas, recursos humanos, protocolos de pesquisa e capital intelectual, conforme preconizado no VII Congresso Interno da Fiocruz. Na área de pesquisa científica serão aplicadas em todos os laboratórios as boas práticas seguindo os rigores adotados internacionalmente no que se refere a rastreabilidade, confiabilidade e fidedignidade dos resultados, uma diretriz importante a ser internalizada no novo Centro.

O novo centro permitirá que a Fiocruz esteja fortalecida e ainda mais aparelhada para atendimento e desenvolvimento de pesquisas, contribuindo para a consolidação do Complexo Econômico e Industrial da Saúde (CEIS) ao intensificar ações de desenvolvimento científico e tecnológico, que poderão converter em produtos e conhecimento em benefício ao SUS e a população brasileira.

Confira imagens da obra e de como ficará o espaço após finalizado.

• Início das obras

Fotos e vídeo: Victor Zanon/ Cogic

• Imagens em 3D de como ficará o empreendimento

Imagens: Coordenação de Projetos e Obras/ Cogic