Dia Nacional das Abelhas – 03 de outubro

wmx-480x319x4-560fc9d43b5d158644ce9aacfb8c6fc195561db4fbfec

O Dia das Abelhas é celebrado, nacionalmente, em 03 de outubro com o intuito de lembrar a importância desta espécie, fundamental, para a nossa própria sobrevivência. As abelhas são responsáveis pela polinização de mais de 70 das 100 espécies de vegetais que fornecem 90% dos alimentos para um planeta habitado por 7 bilhões de pessoas, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), de junho deste ano.

No campus Manguinhos da Fiocruz, a Diretoria de Administração do Campus (Dirac) faz o controle das abelhas do campus. O Departamento de Gestão Ambiental (DGA) é responsável pela ação e no Horto Fiocruz há um espaço para a proteção das abelhas que pode ser visitado. Para agendamento, entre em contato com o Setor de Educação Ambiental pelo telefone 2209-9164.

Estudos recentes apontam que as abelhas estão desaparecendo. Em um mundo sem abelhas, o homem não ficará apenas sem o mel e as flores, ficará sem alimentos. Maracujá, berinjela, pimentão e outras espécies vegetais, por terem flores mais fechadas, precisam de polinizadores específicos. A lista de frutas, vegetais e sementes que dependem das abelhas é longa: uva, limão, maçã, melão, cenoura, amêndoas, castanha-do-pará, entre outras.

Produtores de abelhas em todo o mundo, em especial nos Estados Unidos, relatam perdas entre 30 e 50% em suas populações de abelhas em colmeias. Em algumas regiões da China, elas já não existem mais. No Brasil, segundo o professor Osmar Malaspina, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), responsável pela coordenação de um grupo de pesquisa sobre o comportamento das abelhas, 20 mil colônias de abelhas foram perdidas no estado de São Paulo de 2008 a 2010. Em Santa Catarina, foram 100 mil apenas em 2011. Estimativas apontam para perdas anuais de 40% de colmeias no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais.

E você sabe quais são as principais razões para o desaparecimento delas?
A mais reconhecida é o amplo uso de inseticidas, defensivos agrícolas utilizados em todo o mundo, que atingem o sistema nervoso e digestório dos insetos, provocando desarranjos em seus sistemas de navegação. As abelhas morrem intoxicadas ou perdem o caminho de volta, deixando a colmeia vazia. Em casos mais graves, elas não conseguem se alimentar e morrem por inanição.
Além de pesticidas, outros fatores, como as mudanças climáticas, o desmatamento seguido pela ocupação do solo por extensas monoculturas (milho e trigo) e técnicas para aumentar a produção de mel podem ser responsáveis pelo distúrbio do colapso de colônias.
Diante deste cenário dramático, a Europa baniu alguns desses inseticidas. Já o governo dos EUA nada fez.
Uma boa notícia foi dada pela Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês) no último dia 23 de setembro: um grupo de 75 pesquisadores de diversos países-membros do IPBES fará uma avaliação global sobre polinizadores, polinização e produção de alimentos para identificar estudos necessários na área e, com isso, auxiliar os tomadores de decisão dos países a formular políticas públicas para a preservação da polinização e de outros serviços ecossistêmicos prestados por polinizadores.

Para saber mais:
Filme: “Mais que Mel”, de Markus Imhoof
Livro: “Polinizadores no Brasil: contribuição e perspectivas para a biodiversidade, uso sustentável, conservação e serviços ambientais”, diversos autores, da Fapesp.

Fonte de pesquisa: http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?41662

Texto base de Camila Rossi, revisado por DGA e Ascom

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>