Cogic apresenta projeto de gestão de ativos da Fiocruz

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Gestão de ativos de infraestrutura. Esta foi a pauta da última reunião do colegiado ampliado da Cogic que ocorreu em 28/06. Na abertura da reunião, Pierre Chagnon, Coordenador-Geral de Infraestrutura dos Campi, comentou a importância do trabalho de mapeamento dos “ativos”, do apoio das áreas e o alinhamento deste trabalho às ações da Presidência. Ana Beatriz Cuzzatti, chefe do Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), também ressaltou a interação com os departamentos para o êxito da atividade, além de abordar como a contratação é desafiadora e um processo de inovação na gestão de infraestrutura na Fiocruz. Luiz Fernando da Silva, da Coordenação Geral de Arquitetura e Engenharia, do DAE, é o profissional que fiscalizará a atuação da empresa contratada e conduzirá o cronograma das atividades. Em sua apresentação sobre o tema durante o colegiado ampliado explicou que a gestão de ativos passa por fases como aquisição, instalação, comissionamento, manutenção, descarte e, ainda, acrescentou a operação.  Para baixar a apresentação completa do Luiz Fernando no colegiado ampliado, clique aqui.
Mas você conhece o conceito de gestão de ativos? Saiba o que é, como funcionará na Cogic e como foi planejado pelo DAE, que é responsável pela ação com interface de outros departamentos da unidade e pela contratação de empresa especializada para estudar a infraestrutura da instituição, trabalhar o conceito internamente, reunir informações e elaborar o projeto final.
É importante mencionar que um ativo é todo objeto físico que uma empresa controla e para um gerenciamento eficiente é necessário mapeamento desses, organização lógica dos recursos e planejamento das ferramentas de controle, já que hoje, praticamente tudo é rastreado, monitorado e mensurado, o que não pode ser diferente com infraestrutura. Os equipamentos, veículos, máquinas, edificações, mobiliários e redes de infraestrutura são o investimento da organização e seu capital.
Pensando nisso, o projeto contemplará o mapeamento, análise e organização para saber a quantidade, localização e estado de cada um destes “ativos” em tempo real, de forma a facilitar a manutenção e acompanhamentos dos mesmos. O resultado dará uma visão real do que existe na instituição em infraestrutura, atualmente.
Para gerar entendimento de forma mais simples do que é essa contratação e como funcionará, Luiz Fernando da Silva respondeu algumas questões:

1. O que podemos entender como “ativo” na Fiocruz?
“Gestão de Ativos (GA) é a atividade coordenada de uma organização para produzir o valor dos ativos, que envolve equilibrar os benefícios de custos, riscos, oportunidades e desempenhos.” Dessa forma, a gestão de ativos refere-se a gestão de todo o ciclo de vida de um ativo. Isto é, desde a sua aquisição, ou criação em caso de um ativo virtual, até o seu descarte. Nesse sentido, na gestão deve ser considerado todo o controle necessário para garantir o registro de detalhes e valores de um ativo. “O objetivo da gestão de ativos é maximizar a diferença entre os benefícios e os custos de um ativo durante todo o seu ciclo de vida.” (Fonte ISO 55000 e ABRAMAN)
Desta forma os ativos da Fiocruz são todos os insumos/equipamentos/recursos que fazem a instituição funcionar: equipamentos de TI; equipamentos de T.A; contratos; equipamentos utilizados nos processos de pesquisa; ferramentas e materiais; monitoramento de gastos e qualidade das utilidades (água, gás, energia, telefonia); know-how; etc.

2. Qual a importância de gerenciar os ativos da Fiocruz?
Grandes corporações, instituições públicas e privadas tanto no Brasil como em nível mundial,  já entenderam que fazer um levantamento das  informações e dos históricos dos equipamentos (aquisição, implantação, operação e outras informações) permitem evitar muitos investimentos em ações de manutenção,  que muitas vezes são feitas de maneira intempestiva. Além disso, o retorno na gestão de ativos gera resultados com consequências benéficas em eficiência e eficácia para a empresa, visto que apoia todo plano de continuidade de negócio e otimização de recursos.

3. Quando o trabalho será iniciado e qual o tempo de duração da contratação?
O contrato do Plano de Diretrizes Tecnológicas e Gestão de Ativos terá uma duração de 24 meses. O trabalho começou efetivamente com a reunião de partida com a contratada em 05/06/2019. Neste primeiro mês temos questões de documentações legais a serem apresentadas (Art´s, planos de trabalho, crachás, documentações dos funcionários, etc.).
Ao passar esta fase, a intenção é que na última semana de julho iniciemos a fase de diagnósticos nas edificações elencadas no projeto.

4. Quais serão as etapas principais do processo de gestão de ativos?

  1. Levantamento de informações – (8 meses);
  2. Plano de diretrizes de automação – (4 meses);
  3. Desenho da arquitetura da tecnologia a ser adotada – (4 meses);
  4. Estudos de viabilidade técnica e econômica – (2 meses);
  5. Planejamento e estratégias de implantação – (2 meses);
  6. Ajustes no programa de necessidades – (1 mês);
  7. Apoio à contratação dos projetos – (3 meses).

5. Os departamentos da Cogic serão chamados para encaminhamento de informações e participação em qual fase do projeto?
A Cogic por essência da missão institucional é a Gestora de Infraestrutura do Campus, de modo que atua em praticamente todo ciclo da gestão de ativos (conforme consta na apresentação). Desta forma todo os departamentos da unidade serão envolvidos nesta primeira fase, sobretudo porque o diagnóstico será subsídio fundamental para as outras etapas do plano.  Além disso, em todas as fases haverá explanações sobre os produtos entregues para Coordenação-Geral que irá envolver, quando necessário, todo o Colegiado da Cogic e outros profissionais, que podem ser de outras unidades Fiocruz.

6. O projeto da Cogic/Fiocruz abrange alguma norma técnica?
O projeto como envolve questões de engenharia precisa seguir as boas práticas e normativas que regem as várias disciplinas envolvidas (elétrica, hidráulica, TIC, mecânica, automação, etc.). Contudo, para a questão de gestão dos ativos um norma basilar que será utilizada é a família ABNT NBR ISSO 55000, uma norma Internacional que fornece uma visão geral sobre a Gestão de Ativos e dos Sistemas de Gestão de Ativos.

O conceito de gestão de ativos
O termo “ativo” refere-se a algo que possui valor real ou potencial para a instituição, podendo ser algo tangível ou intangível, financeiro ou não. Dada à amplitude dessa conceitualização podemos incluir na lista de ativos desde ações, equipamentos, edificações, mobiliário, marcas, patentes, entre outras coisas. Logo, podemos definir a gestão de ativos como uma atividade por meio da qual a organização gerencia de maneira sustentável os seus ativos, levando em consideração o desempenho do bem, riscos e custos durante o ciclo de vida dele. A ideia é que, ao fazer esse gerenciamento, a instituição consiga cumprir com o seu planejamento estratégico.
A gestão de ativos, quantitativa e qualitativa, necessita de uma visão espacial, de forma que essa noção de localização auxilie na percepção de quais ativos necessitam de prioridade na manutenção e também na percepção de contexto geográfico que seu ativo está inserido.

Fotos: Ascom/ Cogic

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